E não somente isto, mas também
nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a
paciência a experiência, e a experiência a esperança. (Rm 5.3,4)
É muito comum ouvirmos os pregadores bradarem dos
púlpitos a afirmação “Essa tribulação vai passar! A vitória já é tua!”, mas são
poucos os que se propõe a ensinar aos ouvintes a finalidade da prova.
Há os que afirmam que a tal provação é uma obra
do diabo e chamam os “crentes” para receberem a “libertação” e, por conseguinte
a “vitória”.
Nada contra os “cultos da vitória”, eu mesmo já
preguei e prego em vários, e algumas propostas desses cultos com certeza são
bem-intencionadas.
Vitória financeira: É possível, se
obedecermos aos princípios financeiros contidos na Palavra.
Mas como vencer, se a pessoa não aprender a lidar
com suas finanças (Não gaste mais do que ganha)?
Libertação espiritual (vícios): Nem sempre
acontece imediatamente. A libertação, às vezes, acontece paulatinamente, desde
que o crente se submeta as orientações da palavra de Deus e a uma vida de
oração.
Libertação emocional (perdão, mágoas,
depressão): É possível através da submissão à Palavra de Deus (instrução),
da oração e se for o caso de um acompanhamento profissional cristão.
Vitória no casamento e na vida família: A
Palavra instruí, maridos, esposa e filhos a como se portarem um em relação ao
outro. Se isso não for seguido a vitória não virá.
Como vimos, toda vitória está sujeita, submissa,
às orientações da Palavra de Deus e a oração, principalmente.
Devemos ensinar não apenas que a tribulação vai
passar, mas dizer também: “Alegrai-vos
na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”. (Rm 12.12)
O objetivo de todo culto, não importa o tema (na
realidade importa sim, pois há uns temas que... misericórdia!), enfim, o
objetivo de todo culto é a instrução da Palavra de Deus ao ouvinte para que
este, em obediência a ela, alcance a vitória. Afinal o texto bíblico que diz:
“o meu povo está sendo destruído por que lhe falta entendimento” (Os 4.6), não
se refere somente ao Israel desse período, mas com certeza a Igreja dos dias
atuais.
Costumo dizer que não adianta orar por alguém que
não se submeta a autoridade da Palavra de Deus, sem antes intuí-lo a fazer tal
coisa. Pois aquele que não se submete a ela, rebela-se contra Ele.
E isso deve ser avisado momentos antes da oração.
De nada adianta servir a dois senhores...
Ou nos submetemos a Deus e a sua vontade ou a nós
mesmos e aos nossos desejos.
Minha fé não pode e nem tem como está acima da
vontade de Deus.
Um dos propósitos da tribulação é produzir
experiência. Ela precisa alcançar esse propósito. E não só esse, mas os outros
dois também; paciência e esperança.
A experiência fortalece o caráter do cristão e
aumenta seu conhecimento de Deus.
A experiência advinda pela tribulação nos dá a
força necessária para suportar as intempéries a que todo ser humano está
sujeito.
A experiência gera um testemunho forte, pessoal,
e capacita-nos a instruir outros a perseverarem. E não somente instruir, mas
também e principalmente consola-los. (2Co 1.3,4)
A tribulação não cessará sem que tenha alcançado tal
propósito, ou seja, se alguém não for aprovado por Deus, não poderá gozar de
uma vitória dada por Ele.
Então
como alguém pode afirmar que tal tribulação vai passar apenas com uma oração?
Amados,
sejamos vigilantes, e repetindo o que já foi escrito acima: “Alegrai-vos na
esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”
Na Paz que excede todo entendimento.
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