sexta-feira, 8 de junho de 2018

O culto da Vitória - Tribulação vs Experiência



E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. (Rm 5.3,4)

É muito comum ouvirmos os pregadores bradarem dos púlpitos a afirmação “Essa tribulação vai passar! A vitória já é tua!”, mas são poucos os que se propõe a ensinar aos ouvintes a finalidade da prova.

Há os que afirmam que a tal provação é uma obra do diabo e chamam os “crentes” para receberem a “libertação” e, por conseguinte a “vitória”.
Nada contra os “cultos da vitória”, eu mesmo já preguei e prego em vários, e algumas propostas desses cultos com certeza são bem-intencionadas. 

Vitória financeira: É possível, se obedecermos aos princípios financeiros contidos na Palavra.
Mas como vencer, se a pessoa não aprender a lidar com suas finanças (Não gaste mais do que ganha)?

Libertação espiritual (vícios): Nem sempre acontece imediatamente. A libertação, às vezes, acontece paulatinamente, desde que o crente se submeta as orientações da palavra de Deus e a uma vida de oração.

Libertação emocional (perdão, mágoas, depressão): É possível através da submissão à Palavra de Deus (instrução), da oração e se for o caso de um acompanhamento profissional cristão.

Vitória no casamento e na vida família: A Palavra instruí, maridos, esposa e filhos a como se portarem um em relação ao outro. Se isso não for seguido a vitória não virá.

Como vimos, toda vitória está sujeita, submissa, às orientações da Palavra de Deus e a oração, principalmente.

Devemos ensinar não apenas que a tribulação vai passar, mas dizer também: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”. (Rm 12.12)

O objetivo de todo culto, não importa o tema (na realidade importa sim, pois há uns temas que... misericórdia!), enfim, o objetivo de todo culto é a instrução da Palavra de Deus ao ouvinte para que este, em obediência a ela, alcance a vitória. Afinal o texto bíblico que diz: “o meu povo está sendo destruído por que lhe falta entendimento” (Os 4.6), não se refere somente ao Israel desse período, mas com certeza a Igreja dos dias atuais.

Costumo dizer que não adianta orar por alguém que não se submeta a autoridade da Palavra de Deus, sem antes intuí-lo a fazer tal coisa. Pois aquele que não se submete a ela, rebela-se contra Ele.
E isso deve ser avisado momentos antes da oração.
De nada adianta servir a dois senhores...
Ou nos submetemos a Deus e a sua vontade ou a nós mesmos e aos nossos desejos.
Minha fé não pode e nem tem como está acima da vontade de Deus.

Um dos propósitos da tribulação é produzir experiência. Ela precisa alcançar esse propósito. E não só esse, mas os outros dois também; paciência e esperança.

A experiência fortalece o caráter do cristão e aumenta seu conhecimento de Deus.
A experiência advinda pela tribulação nos dá a força necessária para suportar as intempéries a que todo ser humano está sujeito.
A experiência gera um testemunho forte, pessoal, e capacita-nos a instruir outros a perseverarem. E não somente instruir, mas também e principalmente consola-los. (2Co 1.3,4)
A tribulação não cessará sem que tenha alcançado tal propósito, ou seja, se alguém não for aprovado por Deus, não poderá gozar de uma vitória dada por Ele.
Então como alguém pode afirmar que tal tribulação vai passar apenas com uma oração?

Amados, sejamos vigilantes, e repetindo o que já foi escrito acima: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”

Na Paz que excede todo entendimento.

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