As Escrituras sagradas, nos capítulos 18 e 19 de l Reis,
fala-nos sobre uma experiência muito marcante que teve o profeta Elias com o
seu DEUS.
Em uma caverna no monte Horebe o profeta, ameaçado
de morte, escondeu-se. Achava, ele, que era o único que havia sobrado da
chacina cometida pela rainha Jezabel.
Mas antes disso ele senta-se debaixo de um arbusto
e cansado da caminhada (de um dia) e em um ato de covardia e decepção, decide
morrer, não se matar, mas pede a morte ao SENHOR.
Ele enfrentou, valentemente, 850 profetas,
450 de Baal e 400 de Aserá, mas as palavras ameaçadoras de
uma mulher o fizeram tremer na base. Lembre-se, porém, que não era uma mulher qualquer
era a rainha. E não eram quaisquer soldados, a maioria deles eram seus irmãos, compatriotas
que haviam visto o poder de DEUS.
Não é assim conosco, às vezes? Apesar de DEUS
ter-nos usado muitas vezes de forma poderosa e maravilhosa nos sentimos
ameaçados por apenas uma pessoa. Decepcionados por que ninguém consegue nos ver
como um cristão temente a DEUS e percebendo que os “soldados” são nossos próprios
irmãos, não pensamos em parar, desistir, “matar nosso ministério”?
Uma única ameaça fez com que o profeta que pediu
fogo do céu e foi atendido, saísse correndo com medo de morrer. Bem talvez
fosse porque ele sabia o tipo de morte que o esperava se fosse pego, lenta e cruel.
Mas ele fez fogo cair do céu, ele, com suas orações,
impediu a chuva de regar a terra por três anos e depois, novamente, em oração a
fez descer, como pôde sentir tanto medo?
Há um hino da cantora e pastora Ludmila Ferber,“Nunca pare de lutar”, que faz as seguintes perguntas.
"O que vem pra tentar ferir o valente de DEUS, em
meio as suas guerras?
Que ataque é capaz de fazê-lo olhar pra trás e
querer desistir?
Que terrível arma é usada pra tentar paralisar sua
fé?”
Ela responde a pergunta dizendo:
“Cansaço, desânimo logo após uma vitória. A mistura
de um desgaste com um contra ataque do mal. A dor de uma perda...”
Não sei o que a levou a compor esta canção, mas acredito
que ela pensou nesse momento da vida de Elias.
Depois que ele é alimentado ele continua a caminha
(40 dias e 40 noites) entretanto a situação dentro de si não mudou, a decepção
continua, a tristeza continua, a sensação de fracasso é forte e ele vai para a
caverna.
Você está se identificando com essa situação?
Ele ouviu a voz de DEUS chamando-o para fora da caverna “sai da
caverna e sobe o monte diante do SENHOR” (19.11)
Nessas situações alguns pensam que precisamos de
uma palavra de “fogo” para que o ânimo volte. Ledo engano, o que precisamos é
de uma palavra suave como a brisa, porém firme “você não é o único a estar
vivo e com dificuldades".
O apostolo Pedro no final de sua primeira epístola nos
versículos 8,9 fala do ataque do Diabo, como um leão e lembra-nos que os mesmos
sofrimentos acontecem com nossos irmãos pelo mundo, e vale lembra que hoje em dia o risco de
ser cristão em alguns países é de morte.
Temos ouvido em nossos púlpitos muitas palavras de “vento
forte”(pessoas soprando nos microfones e gritando”, “terremotos” e “fogo
abrasador” que derrubam, fazem vomitar, etc. Tudo isso tem o seu momento. Mas tem
horas, e quase sempre é, que na verdade
nos falta serenidade para perceber que DEUS está falando na suave brisa ao
redor.
O Evangelho não precisa ser comunicado aos gritos,
a menos que seja para entreter os que já estão no aprisco, pois os de fora não
irão entender o porquê dos gritos estridentes.
A “brisa” irá tirar a pessoa da “caverna” enquanto que a “ventania”, o “terremoto”,
“fogo” pode fazê-la ficar lá por mais tempo.
Na Paz que excede todo entendimento.
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