quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Entenda, na caverna a voz de DEUS é como brisa.

As Escrituras sagradas, nos capítulos 18 e 19 de l Reis, fala-nos sobre uma experiência muito marcante que teve o profeta Elias com o seu DEUS.
Em uma caverna no monte Horebe o profeta, ameaçado de morte, escondeu-se. Achava, ele, que era o único que havia sobrado da chacina cometida pela rainha Jezabel.

Mas antes disso ele senta-se debaixo de um arbusto e cansado da caminhada (de um dia) e em um ato de covardia e decepção, decide morrer, não se matar, mas pede a morte ao SENHOR.
Ele enfrentou, valentemente, 850 profetas, 450 de Baal e 400 de Aserá, mas as palavras ameaçadoras de uma mulher o fizeram tremer na base. Lembre-se, porém, que não era uma mulher qualquer era a rainha. E não eram quaisquer soldados, a maioria deles eram seus irmãos, compatriotas que haviam visto o poder de DEUS.
Não é assim conosco, às vezes? Apesar de DEUS ter-nos usado muitas vezes de forma poderosa e maravilhosa nos sentimos ameaçados por apenas uma pessoa. Decepcionados por que ninguém consegue nos ver como um cristão temente a DEUS e percebendo que os “soldados” são nossos próprios irmãos, não pensamos em parar, desistir, “matar nosso ministério”?

Uma única ameaça fez com que o profeta que pediu fogo do céu e foi atendido, saísse correndo com medo de morrer. Bem talvez fosse porque ele sabia o tipo de morte que o esperava se fosse pego, lenta e cruel.

Mas ele fez fogo cair do céu, ele, com suas orações, impediu a chuva de regar a terra por três anos e depois, novamente, em oração a fez descer, como pôde sentir tanto medo?
Há um hino da cantora e pastora Ludmila Ferber,“Nunca pare de lutar”, que faz as seguintes perguntas.
"O que vem pra tentar ferir o valente de DEUS, em meio as suas guerras?
Que ataque é capaz de fazê-lo olhar pra trás e querer desistir?
Que terrível arma é usada pra tentar paralisar sua fé?”

Ela responde a pergunta dizendo:
“Cansaço, desânimo logo após uma vitória. A mistura de um desgaste com um contra ataque do mal. A dor de uma perda...”

Não sei o que a levou a compor esta canção, mas acredito que ela pensou nesse momento da vida de Elias.

Depois que ele é alimentado ele continua a caminha (40 dias e 40 noites) entretanto a situação dentro de si não mudou, a decepção continua, a tristeza continua, a sensação de fracasso é forte e ele vai para a caverna.

Você está se identificando com essa situação?

Ele ouviu a voz de DEUS chamando-o para fora da caverna “sai da caverna e sobe o monte diante do SENHOR” (19.11)
Nessas situações alguns pensam que precisamos de uma palavra de “fogo” para que o ânimo volte. Ledo engano, o que precisamos é de uma palavra suave como a brisa, porém firme “você não é o único a estar vivo e com dificuldades". 
O apostolo Pedro no final de sua primeira epístola nos versículos 8,9 fala do ataque do Diabo, como um leão e lembra-nos que os mesmos sofrimentos acontecem com nossos irmãos pelo mundo, e vale lembra que hoje em dia o risco de ser cristão em alguns países é de morte.
Temos ouvido em nossos púlpitos muitas palavras de “vento forte”(pessoas soprando nos microfones e gritando”, “terremotos” e “fogo abrasador” que derrubam, fazem vomitar, etc. Tudo isso tem o seu momento. Mas tem horas, e quase sempre  é, que na verdade nos falta serenidade para perceber que DEUS está falando na suave brisa ao redor.

O Evangelho não precisa ser comunicado aos gritos, a menos que seja para entreter os que já estão no aprisco, pois os de fora não irão entender o porquê dos gritos estridentes.

A “brisa” irá tirar a pessoa da “caverna” enquanto que a “ventania”, o “terremoto”, “fogo” pode fazê-la ficar lá por mais tempo.

Na Paz que excede todo entendimento.




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