quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Salmo 46, uma breve reflexão


O salmo 46 é considerado o salmo da esperança e da vitória e na verdade o é.

Ele inicia com uma afirmação poderosa da presença do SENHOR, mas mesmo com essa afirmação ele elenca possibilidades de acontecimentos catastróficos, verdadeiros cataclismas.

Embora apresente as possibilidades de sobrevirem  tribulações terriveis, logo em seguida, ele apresenta o que será certo em todas essa ocasiões, a PRESENÇA DO SENHOR!
É exatamente isso o que Jesus afirma em João 14.27. Ele diz aos seus discípulos, não se perturbe, não tenham medo, a minha paz estará em vocês, mas a minha paz não é igual a do mundo.
A paz que o mundo dá é circunstancial, dependente de situações, só existe na ausência da guerra ou dos problemas. A paz do Senhor, pelo contrário, independe das circunstancias ao redor. Ou seja, quando temos a certeza de que o Senhor, o Príncipe da paz, reina em nosso coração, não importa o tamanho do problema, esse Salmo se torna realidade. Tempestades lá fora, dentro do nosso coração calmaria.

Devemos entender que o “Aquietai-vos” de Deus é uma ordem imperativa.

Aquietai-vos!; Não temas! Não te assombres! Não te espantes! São ordens imperativas de Deus em ocasiões onde o coração parece que não vai aguentar, a alma parece desfalecer. Logo em seguida a esse ordem, Ele completa com a sublime afirmação, afirmação essa que para aquele que crê é como um balsamo sobre a ferida aberta, como a agua fria ao sedento, Ele diz:  EU ESTOU CONVOSCO!

Há situações em que Deus nos manda:

Aquietar, ou seja, não tomar nenhuma atitude. É Ele quem irá agir (Is 37)
Esforçar, ou seja, persistir (por que Ele é conosco). (Josué 1.6,7)
Em outras, Ele nos dá instruções de como proceder. (2 Cr 20.21,22)

Dito isso, não devemos esquecer que não é sempre conseguimos ficar quietos, calmos, tranquilos, pelo contrário nos perturbamos. Mas devemos considerar isso uma reação humana normal diante de situações perigosas e adversas.

Um diagnóstico médico desfavorável,  pode abalar as estruturas do crente mais fiel.
A noticia da morte de um ente querido, uma viuvez inesperada, a morte do único filho; a perda de todos os bens por causa de uma catástrofe; uma demissão inesperada, etc., pode desestabilizar o crente fiel (pois tem sentimentos como qualquer ser humano), mas ele não ficará assim o tempo todo. Na realidade ele não deve ficar desesperado, como se não tivesse ninguém por ele.

A tristeza, o desespero, a angustia (sentimentos humanos), devem ser passageiros, não permanentes.
Jesus disse que sua alma estava “angustiada até a morte” (Mc 14.34), mesmo tendo um anjo que o encorajava (Lc 22.43), mas quando ele saiu do jardim, passada toda aquela aflição, estava pronto para o propósito de Deus para sua vida “e como uma ovelha muda, perante os tosquiadores, ele não abriu a sua boca” (Is 53.7).

Se aquiete, nossas lutas e tribulações podem demorar certo tempo, mas não serão para sempre, o que é para sempre é a presença e a segurança do Senhor. Então nesses momentos de tribulação, recorramos a ela.

Na Paz que excede todo entendimento.


Nenhum comentário:

Postar um comentário