A excelência da obediência

Obedecer ou não obedecer? O que está em jogo?

Recebi essa mensagem de um amigo de longas datas, então decidi editar e publicá-la, lógico, com o seu consentimento .

"Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22)

A obediência incompleta de Saul, disfarçada com alguns sacrifícios, despertou a indignação de Deus.

O Reino de Deus, bem como todo o Universo, se firmam sobre dois pilares: Autoridade e Obediência.

Muitas vezes, racionalizamos a obediência a Deus e fazemos a nossa vontade, dizendo e até crendo ser ela a Sua vontade.

A porta da obediência é mais estreita.

Deixar as redes, casa, família, bens, sonhos, vontades, projetos pessoais, e seguir o Cristo em obediência é a parte mais desafiadora da vida cristã.

O que alegra o coração de Deus não é o quanto eu faço, mas o que faço ou não faço em obediência a Ele.

Minha "autoridade espiritual" (vos dou poder) é proporcional à minha obediência a Cristo?

Há muitos cálices que eu não gostaria de beber, porém a vontade do Pai é soberana. (Mateus 26.42)

(Pastor Vanildo Mendonça - Tailândia-PA)

Na paz que excede todo entendimento.

Deus o antipático necessário

Fale com a minha mão.

O salmo 37.4,5  é um dos mais citados quando o assunto é a realização do desejo do coração.

O salmista diz:

“agrada-te do SENHOR e ele satisfará o desejo do teu coração”  (Vs 4)

O desejo do meu coração?

Essa frase por si só já abre espaço para um leque de falsas esperanças. Afinal quem se apegaria ao versículo 16? “O pouco que o justo tem vale mais do que as riquezas de muitos ímpios”.

Os pregadores bradam a igreja vibrar e o irmão chora.

Mas espere um pouco!

Podemos avaliar esse versículo bíblico a luz da própria Bíblia? Sim, e faremos isso agora.

Na expressão “Agrada-te do SENHOR".

O salmista está dizendo que temos que gostar de falar com Ele (oração), de atender suas ordens (submissão) e que nos afastemos de tudo o que nos afasta dEle (devoção).

Caso não gostemos de falar com ele, em oração, deve ser por o acharmos antipático.

Caso não nos submetamos ás suas ordens deve ser por considerá-lO mandão, exigente demais.

E se, praticamos, nos envolvemos com as coisas que Ele não gosta é por que não O consideramos tão importante assim.

Se tudo isso acontece não estamos nos agradamos dEle.

O verso 5 fala da entrega do caminho (vida, planos, sonhos).

Os versículos mais adiante dá a característica de quem tem se agradado dEle.( não inveje, deixa a ira, abandona o furor, não te aborreças, , etc)

Vs 21 “O ÍMPIO toma emprestado e não paga”. (o ímpio).

Mas a verdade é que alguns de nós tratamos Deus como a pessoa mais antipática e mais necessária a nossa sobrevivência.

Afinal quem gosta de conversar com o antipático? Na verdade podemos até falar com esse “tipo” de pessoa, mas é bem rapidinho.

Quem fala intimamente com uma pessoa mandona e exigente?

Quem se sujeita a esse tipo de gente?

Aquele que quer algo em troca. Afinal ele terá o que se precisa para o momento.

Agradar-se do SENHOR é passar bons momentos em oração (conversa) com Ele, sujeitar-se a Sua vontade, expressa em Sua Palavra, Servi-lo com alegria. (Sl 100.2)

Então, da próxima vez que alguém ou você mesmo ler ou citar esse salmo lembre-se: às vezes somos nós, com nossas manias e desdém pela Sua presença, vontade e autoridade, o antipático na relação.

Na Paz que excede todo entendimento.

A fé na fé Vs a Vontade de Deus.

Em alguns lugares onde, pela misericórdia de Deus, tenho ido pregar tenho visto de pastores e líderes que me precedem uma atitude que não consigo engolir.

Eles conduzem os irmãos a que ordenem que a enfermidade vá embora, que a salvação entre em suas casas, e “até aquele carro que você ficou apaixonado será seu”. É como se eles conhecessem a mente de DEUS, pois os tais afirmam peremptoriamente que o milagre acontecerá. Só faltam dizer: “independente da vontade de Deus o milagre vai acontecer!” E você já sabe com que timbre de voz eles falariam isso. (risos)

Bom, nessa hora, eu já começo a ficar “preocupado”, afinal sou eu quem irá pregar a mensagem final e não tenho a mínima ideia do que o SENHOR irá realizar. Afinal quando me proponho a pregar expositivamente a Sua Palavra minha intenção é comunicar o Seu Evangelho da melhor maneira possível e que ao final Ele tenha misericórdia e alguém se converta.

Quanto ao mais, milagres,curas, libertação, etc. sim eu peço, mas deixo tudo sob a autorização da Sua soberana vontade.

Os adeptos da teologia que afirmam que há poder em nossas palavras e que devemos determinar, decretar o que queremos que Deus faça, usam como base para essa doutrina o evangelho de João capitulo 14 versículo 13 “...E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei...” 

Afirmam que a palavra “pedirdes” foi mal traduzida e que a expressão a ser entendida não é de petição e sim de determinar algo.

Pois bem, resolvi reproduzir o que o pastor Renato Vargens ao tratar desse assunto publicou em seu blog com o tema CINCO DICAS PARA OS ADEPTOS  DA DOUTRINA DO DECRETO ESPIRITUAL.(http://renatovargens.blogspot.com.br/2011/09/04-dicas-para-os-adeptos-da-doutrina-do_18.html)

"Pois é cara pálida, a doutrina dos decretos é um grande engodo. Acreditar nela significa acreditar que podemos dar ordens a Deus determinando a Ele o que deve ser feito. Nesta perspectiva gostaria de sugerir aos adeptos desta funesta doutrina que fizessem os seguintes decretos espirituais, até porque, se de fato o ensino é verdadeiro,  as ordens funcionarão não é verdade?"

1- Decrete o fim da violência no Brasil e estipule prazo para que isso aconteça até o dia 31/12
2- Determine o fim da corrupção e da safadeza no Palácio no Planalto e no Congresso Nacional.

3- Decrete o fim da perseguição aos cristãos no mundo e a conversão de todos os mulçumanos a Cristo.

4- Decrete que o Botafogo será campeão da Libertadores. (Tem que ser um decreto poderoso).
5- Decrete que o Vasco nunca mais na vida será vice-campeão (essa casta precisa de oração)

Que eles entendam que a fé por maior ou menor  (grão de mostarda) sempre estará sujeita a vontade de Deus e não em si mesma.

Na Paz que excede todo entendimento,